O conceito capitalismo dissolveu sua base econômica através da política. Em dias de totalitarismo democrático – Link a única coisa que permanece do sistema é o nome. Me nego a chamar esse sistema de capitalismo, uma vez que tendo o sistema se transformado tantas vezes, como podemos seguir com quaisquer análises sem adaptar o conceito para as reais contextualizações do mundo. Isso é um mundo onde 1% da população retém a maior parte da riqueza do mundo. Um mundo onde a guerra é assistida em tempo real, onde homossexuais ainda são mortos; onde ainda existe escravidão, onde mulheres são negociadas como mercadorias, violentadas e massacradas, em um mundo que ainda permanece aristocratico e machista. Pois o conceito de totalidade só pode ser atingido, se dentro da análise contiver todas as condições de possiblidades da crítica e diagnóstico, e como sabemos essa pretensão não existe. No fim, o que permanece é uma elite, a ex-burguesia representada pelos seus míseros 1%, o resto do mundo e o mundo underground, representado por uma população gigantesca de escravos, de homens sem liberdade, sem vida, de homens-coisa, de homens máquinas.
No fim, não se trata mais do domínio de uma classe em relação à outra ou do domínio do homem em relação à natureza. Há destruição do homem em relação à natureza e há o controle de homens de carne e osso. Há aqueles que controlam o mundo e os que são controlados, mas não mais em uma dinâmica do modo de produção capitalista. O Komando é político. A propriedade privada é o poder.
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