Em época de hackativismo, escrever um longo texto parece ser anacrônico. Falar sobre o presente, requer uma linguagem que se adapte a aceleração do tempo. Textos longos se tornam demodê em época de Blog e informação rápida. De modo que, o padrão da linguagem atual é aquele executado pelas redes sociais, Blogs, buscadores, entre muitos outros. Mas no que se consiste essa linguagem das redes sociais? Palavras chaves, conceitos e aforismos. A mídia virtual é a filósofa da vez. Assim como a religião perdeu o lugar da Razão para a Ciência, a Ciência perdeu seu lugar para a mídia. Se a sociedade é do espetáculo, nada mais legítimo ser a mídia que dá a Razão. Enquanto a Ciência não acompanha a velocidade em que os conceitos são criados nas redes sociais, a mídia se aproveita dessa defasagem do tempo, e opera soberana no desenvolvimento de novos conceitos. Desse modo, para se fazer Ciência hoje, também é preciso usar a linguagem do momento atual. Essa liguagem é escrita na forma de palavras-chaves. Um recurso, aparentemente banal, esconde a ligação cognitiva que é representada na mente do indivíduo. Palavras como Lady Gaga, Primavera Árabe e gatinhos fofinhos; coexistem lado a lado das informações, desviando a mente do indivíduo das informações que realmente têm valor. O fato é que essa experiência executada pelas redes sociais, como facebook, Google e Youtube, formataram nossos cérebros de modo que ler longos textos se tornaram uma atrofía do cérebro. No fim, quando lemos um texto as únicas palavras processadas, como por exemplo, no conjunto da obra de Marx, são facilmente resumidas a: trabalho, modo de produção, alienação, valor e abolição. Ou seja, nosso cérebro funciona como um programa operacional. Isso quer dizer, que para se produzir ciência, principalmente, ciência social, de modo que isso tenha alguma relevância, no sentido de fazer a informação chegar a um número maior de pessoas, é preciso, sair do âmbito universitár
io. Existe uma uma demanda pela elaboração de textos que contenham mais palavras chaves e menos encadeamento, um recurso estilístico que imita o aforismo.
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