A Totalidade não existe! A totalidade é um complexo filosófico napoleônico, a pretensão a algo total e absoluto que nunca beira qualquer concretude e sempre permanece no plano ideal. Marx tenta fugir de Hegel – Link, mas quando ignora sociedades não-ocidentais, o conceito de totalidade que abarca apenas uma determinada sociedade como centro – Link , preterindo outras sociedades que estão na periferia desse sistema de pensamento, já fere o próprio sentido de totalidade. O conceito já foi desenvolvido sem pretender a totalidade de fato. Até mesmo a Totalidade concreta, na forma como Lukács – Link expõe, apresenta na sua essência o fetichismo da mercadoria, no fim toda a sua aspiração econômica recai no plano do pensamento, a reificação é sobretudo a forma abstrata da mercadoria no homem, ela é, portanto, pensamento. Nesse sentido, um diagnóstico –link que tem como pretenção a totalidade, ao se utilizar do conceito de massa, recai no erro duas vezes, já que a generalização do primeiro é extendida ao segundo. No fim quaisquer análises pretendida permancem no plano micro, mesmo uma discussão estrutural e abstrata ainda se remetem ao lugar X ou Y, na época Z ou W, o macro é uma invenção do discurso filosófico. A abstração é justamente abstração porque ela não existe. a abstração é uma expressão da mente humana na tentativa de organizar seus pensamentos.
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