Educar para a Razão: esse é o ideal que a teoria crítica da sociedade comprende como política. Um Indivíduo obediente ao Estado, sob a tutela da Razão. Isso deveria com o tempo , diminuir a tensão entre governo e governados o que, por sua vez, sofreria uma dissolução trazendo a promessa de Marx do fim do Estado como aparelho de coação dos indivíduos. Mas o que significa educar para a Razão? Reproduzir a República de PlatãoLink ?  No fim a autoridade que permanece é a autoridade do Homem, do Racket. Não se trata de irracionalidade, mas de pluralismo, consenso, cooperativismo. Matar homens é errado, e matar animais para comer? Porque não se pode comer carne humana? Porque não somos vegetarianos? Devemos legalizar a maconha, proibir o álcool? Andar de bicicleta e proibir o carro? Mas e no Polo Norte que não é possível produzir vegetais, deveríamos impor o não consumo de carne por questões humanistas? Seria isso ser racional? Em sociedade que a mulher não é dona de seu próprio útero, o que é ser racional?A autonomia não desapareceu porque a razão se tornou irracional. Autonomia é poder criar o seu próprio discurso, sua própria tragetória de vida, até o momento que ela se esbarra com a lei. É por isso, que escolhemos ser avatar. Por que no mundo real a autonomia esbarra na lei o tempo todo. Enquanto no mundo virtual, a liberdade pertence ao indivíduo. A chamada Racionalidade tenta regular, restringindo o acesso a informação, mas em época de Linux, liberdade é um conceito que se desenvolve.   Em época de hackativismo, a classe revolucionária senta atrás de um computador. E no meio de tanta informação, a regra, a norma, é válida somente no inteior do Racket.         O Racket é cibernético, em apenas um clique podemos se filiar a qualquer facção do mundo. A internet conecta subjetividades e expõe a realidade de um mundo que reprime todos os seus desejos. Ao mesmo tempo que mamilos são proibidos de circularem nas redes sociais, cria-se redes em que o grotesco é a normalidade. Em época que sadomasoquismo é moda, ser baunilha é anacronismo.