No congresso internacional de teoria crítica realizado em São Carlos no ano de 2008, escolhi, no lugar de um texto, apresentar a crítica na forma de exposição artística. Sob o título de Monalisa 50% OFF – Link, o trabalho tinha como objetivo falar sobre o efeito de shock – Link, e como ele não é mais possível de reproduzir. Para isso expus 50 fotos da monalisa modificadas e expus lado a lado formando uma grande fileira ao lado da Biblioteca da Universidade, um local de grande passagem. O fato é que ao produzir o efeito de shock, o conteúdo produzido por ele teve mais efeito do que textos padrões. Além de ter atingido as pessoas que por ali passavam e que não participavam do evento. A mensurabilidade pode ser realizada pelo fato de ter sido um trabalho extremamente comentado pelos seus participantes e que atraiu outras pessoas, devido ao conteúdo imagético, que transitavam pelo local. A produção do conhecimento não deve ser limitada a uma forma. A produção de História em Quadrinhos ou de Jogos, requerem do seu inventor uma análise que pode ser tão complexa quanto um texto normatizado, já que a síntese deve ser realizada com maior objetividade. Além disso, o uso de outras possíveis linguagens evideciam de uma maneira mais clara quem é o autor e as escolhas que ele fez, ao demonstrar sua análise sob determinada perspectiva. A maneira acéptica de se escrever textos científicos, em favor de uma suposta neutralidade, deveria ser extinguida das ciências. Até mesmo porque uma teoria é apenas a visão de um sujeito. Embora seus prognosticos possam ocorrer em acerto, isso não representa que essa teoria seja, de alguma forma, VERDADEIRA. Sempre existe uma outra forma de se contar a história, de reescrever os fatos. O Dado em si, não existe.
sobre outras metodologias
por Nathalia Locks | jun 7, 2016 | Sem categoria, Teoria Crítica do Racket, Tesecomoobra | 0 Comentários
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